Polícia prende prefeito e políticos
Polícia prende prefeito e políticos

Rio de Janeiro, 5 set (EFE).- O prefeito de Guapimirim, Renato Costa Melo Júnior - o Júnior do Posto -, sua candidata a sucessor nas eleições, Ismeralda Rangel Garcia, e dois membros de seu gabinete foram detidos nesta quarta-feira em uma operação de combate à corrupção, segundo fontes policiais. Os quatro detidos foram acusados de integrar uma organização criminosa que, há pelo menos quatro anos, desviava mensalmente cerca de R$ 1 milhão dos recursos da Prefeitura através de licitações fraudulentas. Segundo a polícia, também integravam o esquema de corrupção o presidente da Câmara, Marcelo Prado Emerick - o Marcelo do Queijo -, Ivan Azevedo Valentino - o Ivan Gazetão - e Ronaldo Coelho Amorim. Os três ainda estão foragidos de acordo com as informações da polícia. As prisões foram realizadas por uma operação conjunta da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) e do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Renato Costa Melo Júnior foi detido em sua residência em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Já Ismeralda Rangel García foi subsecretária do governo de Júnior do Posto, e é candidata à prefeitura de Guapimirim nas eleições do próximo mês. Na sua residência a polícia apreendeu R$ 30 mil reais em dinheiro, um revólver, computadores e diferentes documentos. Os outros detidos são Isaias da Silva Braga, atual secretário do governo de Guapimirim, e Ramón Pereira da Costa Cardoso, chefe do setor de licitações da Prefeitura. Segundo a Polícia Civil, os supostos integrantes da organização criminosa ofereceram R$ 800 mil de suborno para que os responsáveis pela operação suspendessem as investigações. Os policiais receberam o dinheiro de forma simulada, que foi depositado em uma conta à disposição da Justiça, para poder aumentar as provas contra os acusados. As detenções foram fruto de uma operação de sete meses que concluiu com acusações contra 16 pessoas pelos crimes de quadrilha armada, fraude em licitação, corrupção ativa, coação no curso do processo e peculato. As penas podem chegar a 24 anos caso os acusados sejam considerados culpados. Entre os acusados que ainda não tiveram a prisão decretada estão três vereadores que supostamente recebiam dinheiro para não fiscalizar as contas da Prefeitura.

Fonte: r7.com